sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Jejuar


Todos podem fazer jejum Todos podem fazer jejum. Sejam idosos ou estejam cansados ou doentes; sejam gestantes, mães que amamentam, jovens ou adultos. Todos podem jejuar sem que isso lhes faça mal; pelo contrário, lhes faça bem.
Muitas pessoas não jejuam porque não sabem fazê-lo. Imaginam que jejuar seja uma coisa muito difícil e dolorosa que elas não conseguirão fazer.
Existem várias modalidades de jejum (Jejum da Igreja, Jejum a pão e água, Jejum à base de líquidos, Jejum completo). Vou apresentar-lhes o Jejum da Igreja.
Assim é chamado o tipo de jejum prescrito para toda a Igreja e que, por isso, é extremamente simples, podendo ser feito por qualquer pessoa.
Alguém poderia pensar que esse seja um jejum relaxado ou que nem seja realmente jejum, porque ele é muito fácil. Mas não é bem assim. Esse modo de jejuar vem da Tradição da Igreja e pode ser praticado por todos sem exceção, sendo esse o motivo pelo qual é prescrito a toda a Igreja.
O básico desse tipo de jejum é que você tome café da manhã normalmente e depois faça apenas uma refeição. Você escolhe essa refeição – almoço ou jantar -, a depender dos seus hábitos, de sua saúde e de seu trabalho. A outra refeição, aquela que você não vai fazer, será substituída por um lanche simples, de acordo com as suas necessidades.
Dessa maneira, por exemplo, se você escolher o almoço para fazer a refeição completa, no jantar faça um lanche que lhe dê condições de passar o resto da noite sem fome.
O conceito de jejum não exige que você passe fome. Em suas aparições em Medjugorje, a própria Nossa Senhora o repetiu várias vezes. Jejuar é refrear a nossa gula e disciplinar o nosso comer.
O importante, e aí está a essência do jejum, é a disciplina, é você não comer nada além dessas três refeições. O que interessa é cortar de vez o hábito de “beliscar”, de abrir a geladeira várias vezes ao dia para comer “uma coisinha”. Evitar completamente, nesse dia, as balas, os doces, os chocolates e os biscoitos. Deixar de lado os refrigerantes, as bebidas e os cafezinhos.
Para quem é indisciplinado – e muitos de nós o somos -, isso é jejum, e dos “bravos”! Nesse tipo de jejum, não se passa fome. Mas como “a gente” se disciplina; como refreia a gula! E é essa a finalidade do jejum.
Qualquer pessoa pode fazer esse tipo de jejum, mesmo os doentes, porque água e remédios não quebram o jejum. Se for necessário leite para tomar os medicamentos, o jejum também não é quebrado, pois a disciplina fica mantida. Para o doente e para o idoso, disciplina mesmo talvez seja tomar os remédios – e tomá-los corretamente.




(Trecho extraído do livro “Práticas de Jejum” de monsenhor Jonas Abib)

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